A falta de planejamento do Ministério da Saúde é chocante. Desde o começo da epidemia de gripe A, no ano passado, os dirigente do MS andaram de um lado para o outro sem nunca conseguir efetivamente traçar um plano de controle e combate ao contágio do H1N1.
Demorou para negociar com os laboratórios internacionais a compra das vacinas, não conseguiu distribuir para as unidades de saúde o Tamiflu, recebeu a cepa do vírus para produzir a vacina aqui no Brasil mas a planta da Fundação Butantan não ficou pronta.
Estabeleceu critérios de vacinação que levaram a uma boa parte da população a procurar clinicas particulares para garantir a inumização.
Agora está com um estoque de mais de oito milhões de doses disponíveis nos postos de saúde. O Diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcos Antonio Cyrillo, considerou alta a quantidade de vacinas que ainda restam nos postos de saúde: “Essas doses devem ser aproveitadas logo, já que o vírus da influenza sofre variações e no próximo inverno essa vacina pode não ter mais efeito”.
Já o diretor de vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Lage, afirma que o Brasil seguiu as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). “O principal desafio foi organizar uma campanha de vacinação bastante complexa.”
O desafio é entender porque sobrou vacina e a população não foi imunizada em toda a totalidade.